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Lady Oscar ou A Rosa de Versalhes

Atualizado: 1 de out. de 2021


Título: A Rosa de Versalhes/ Lady Oscar (Versailles No Bara)

Autor: Riyoko Ikeda

Editora: JBC (Brasi)

Classificação indicativa: 16 anos

Gênero: Romance (Shoujo)

5 volumes no Brasil

A editora JBC traz para o Brasil um clássico dos mangás: A Rosa de Versalhes (ou Lady Oscar, como ficou mais conhecido em outras traduções), e com uma capa de produção nacional exclusiva que já nos deixa com vontade de adquirir o quanto antes!!!!

Após ter tido 5 filhas mulheres, e o nascimento de mais uma menina, o general Jarjayes resolve cria-la como um homem para servir na guarda pessoal da rainha da França, Maria Antonieta, recebendo uma educação militar exemplar. Ela alcança uma alta patente na guarda real, se tornando capitã, entretanto poucos a reconhecem como mulher.

André, o amigo de infância de Oscar, é responsável por cuidar de sua segurança, e a segue onde ela vai, pois, secretamente é apaixonado por ela. Porém suas diferenças de classes ( André é um dos criados da residência Jarjayes), ele não se permite declarar.

Oscar, porém, acaba se apaixonando por Conde Fersen, o amante de Maria Antonieta, e tenta conquista-lo, mas quando esse romance acaba de forma não correspondida, ela se rebaixa indo para a Guarda Francesa, onde acompanha a revolução se aproximando, ao lado de André, que se torna um soldado.

Os dois acabam se aproximando ainda mais e descobrem o amor um pelo outro, finalmente ficando juntos, mas por pouco tempo.Quando a Guarda Francesa se alia ao povo, Oscar e André lutam lado a lado. Ele acaba morrendo ao tentar proteger a vida de sua amada em um confronto, e Oscar, sem mais motivos para viver, se entrega a morte na queda da Bastilha.

Além dos personagens fictícios, como André Grandier, e Lady Oscar de Jarjayes, que se envolvem fortemente com o momento histórico que a França vivia, o que traz uma fonte de pesquisa e pontos de vista diferentes da época.

O mangá traz desde antes da revolução, com a interação de personagens como Luís XV e sua escandalosa amante madame Du Barry, além das impressões da corte sobre o relacionamento.

Igualmente é trazida a figura da jovem delfina Maria Antonieta, depois de seu casamento com o futuro Luís XVI, e seu relacionamento quase infantil, inicialmente.

Porém, conforme a história evolui, os personagem também amadurecem, com a formação da rainha Maria Antonieta (que pode ser considerada a verdadeira Rosa de Versalhes), e seu relacionamento com o Conde Fersen, indo além da atração física, mas um amor sincero.

Casos como o colar de diamantes também são trazidos e inserem personagens reais na ficção.

E os revolucionários não ficam de fora: Robespierre e Saint Just também dão o ar de sua graça nos momentos mais conclusivos na história do mangá, que termina na queda da Bastilha.

PRESTÍGIO INTERNACIONAL:

A obra de Riyoko Ikeda se tornou muito querida não só no Japão, o que ajudou a disseminar o conhecimento sobre a história da França (e rendeu uma medalha em 2008 para a autora da Ordre National de la Légion d’honneur, na França), como em outros países da Europa, tal como a própria França, Itália, Alemanha e Inglaterra. O nome era adaptado sempre para Lady Oscar ou A Rosa de Versalhes.

O mangá também ganhou suas adaptações para o teatro Takanazura (teatro japonês com peças interpretadas somente por mulheres), que foi lançada mos anos 70 e só saiu de cartaz em 2009. Mas os palcos italianos também fizeram sua versão Rock Drama. Além disso, no começo dos anos 80, Lady Oscar também ganhou as telas dos cinemas europeus na época, com ajuda do governo francês, aliás.

FINALMENTE, CHEGOU A NOSSA VEZ!!!

O anúncio do lançamento do mangá aqui no Brasil foi feita em março de 2018 pela editora JBC, mas só agora em Janeiro e Fevereiro a obra lançou seus primeiros volumes. E não podemos perder a oportunidade de conferir essa obra prima dos mangás, que já ganhou o mundo no passado e agora vem para que nós apreciemos.

Os traços de Riyoko Ikeda são primorosos, e ricos em detalhes (o que era mais comum nos mangás dos anos 1970), e trabalha questões que vão além do amor, mas de justiça de direitos e, claro, revolução!










Maria Antonieta antes de seu casamento (dir) e seu relacionamento com o Conde Fersen (esq), já na versão brasileira da editora JBC.

INDICAÇÃO DA AUTORA:

Ao final da escrita do livro "A Rosa e o Florete", a autora Mariana Pacheco descobriu por acidente o mangá "Lady Oscar:, e conseguiu ler apenas alguns trechos em francês e espanhol, que lhe foi um incentivo para terminar o livro e tentar publica-lo.

Felizmente Guilhermina D'Anjour não foi a única rosa na França, e com suas diferenças, tanto Riyoko Ikeda quanto Mariana Pacheco, buscam sua revolução através da literatura.


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