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BleuBlancRouge

Atualizado: 15 de mar. de 2022




Todo francófono sabe, decor e salteado, que as cores da França são azul, branco e vermelho. Mas qual a história dessas tríade?

A história da composição de cores vem de antes da revolução...

Bleu (azul) - A França e conhecida por ser a filha mais velha da Igreja Católica, e por conta de, no século XII, o azul se tornar oficialmente a cor dos santos, passou também a ser a cor da monarquia francesa a partir da época carolíngia, presente nos mantos de coroação dos reis franceses, juntamente da flor de lis, símbolo da família real. Tanto a cor azul viva quanto a flores de lis douradas eram a composição dos escudos de armas dos herdeiros e nobres da França.

Blanc (branco) - As cruzadas e a guerra dos cem anos foram responsáveis por trazer a importância dessa cor para os franceses. Em primeiro, os exércitos franceses combatiam nas cruzadas associados a figura de Saint Michel, então utilizavam a cruz branca em fundo azul, e além disso, utilizavam também lenços brancos como sinalização para reunir os soldados e atacar. Já na guerra dos cem anos, em frente a cruz vermelha em fundo branco dos ingleses, também foi aderida a cruz branca em fundo azul pelos combatentes franceses.

A cruz branca se tornou obrigatória nas bandeiras dos comandos de batalha, alterando apenas as cores de fundo e os símbolos, presentes que os diferenciavam.

Rouge (vermelho) - Utilizado principalmente pela monarquia francesa e aqueles que haviam alguma ligação a coroa, sendo a cor de destaque da família real, presente em seu brasão.

A Guarda Real francesa possuía as três cores representadas em seu uniforme, porém com mais destaque ao azul e ao branco, derivados da época dos mosqueteiros, nome anterior dessa guarda na época de Luís XIII.

Mas então veio 1789, com a revolução francesa...

Camille Desmoulins incentivou inicialmente que o povo, com uma folha verde, utilizasse esta cor como a da revolução, porém, ao descobrir que era cor do Conde de Artois, impopular na época e futuro Carlos X, tratou de substitui-la. Então ficaram inicialmente as cores azul e vermelho nas rosetas dos revolucionários, pois eram as cores da guarda municipal de Paris.

Depois, durante a revolução, era utilizada as duas cores somada a uma terceira, que era a cor da cidade, porém com a queda da Bastilha, o marquês La Fayette, teve a ideia de integrar a cor branca junto do vermelho e do azul. É possível que sua inspiração tenha vindo do outro lado do oceano, já que esteve presente nas batalhas anteriores da independência americana, e as três cores estavam constantemente unidas.

As combinação tricolor significou a autoridade do Estado na França, e também carregou em sua composição o significado do ideais revolucionários (Liberté, Égalité et Fraternité) decididos no Juramento do Jogo da Pela, em 20 de junho de 1789. Quem apoiava o governo revolucionário tinha que carregar constantemente em sua vestimenta uma roseta com as três cores, caso contrário, poderia até ser considerado um traidor.



A ordem em que as cores são representadas na bandeira da França como conhecemos hoje, só foi definitivamente decidida em 1794, antes, elas foram organizadas na horizontal, vertical e invertidas.

Quanto aos homens da Guarda Real, com a revolução, debandaram para o lado do povo, porém as cores de seus uniformes permaneceram praticamente as mesmas, já que haviam a combinação desde antes.

"Agora em nossos uniformes, em vez das cores e brilho da corte, as rosetas azuis, brancas e vermelhas são nosso símbolo." - A rosa e o Florete


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