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Histoire - A mulher na Revolução Francesa

Atualizado: 16 de mar. de 2022



A Revolução Francesa mudou a percepção sobre os direitos humanos, estabelecendo a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" em 1789. Mas essas novidades que presenteavam o povo com maior Liberdade, Igualdade e Fraternidade não envolvia as mulheres da mesma forma.


As mulheres de Paris tiveram grande participação na Revolução. Especialmente as lavadeiras, que eram consideradas um parâmetro dos acontecimentos e sua relevância para a sociedade. Quando o preço do pão subiu drasticamente, foram elas que caminharam até Versalhes para render o rei. Mesmo assim, não podiam subir à tribuna e tomar decisões tal como os homens.


Também propiciavam locais de discussões para os revolucionários, como Madame Roland, que abria a porta de sua casa para que homens como Danton e Robespierre compartilhassem suas ideias com outros políticos, e ela, como mulher, conseguia influencia-los até certo ponto em seu próprio território.


Entretanto, a visão sobre a mulher ainda era mediocre. Ela era a mãe que dava filhos à pátria, a patriota deveria recusar a vaidade e a degradação moral, e continuava subordinada ao homem, como educadora dos seus filhos, novos cidadãos. Era essa a categoria social e política que elas tinham, e não poderiam erguer a mesma fúria que os homens na hora de defender a pátria. Porém, a revolta também estava no sangue das francesas.


Pode-se dizer sim que as primeiras feministas surgiram na Revolução Francesa. Elas desafiaram esse "natural" que lhes era imposto, e lutaram por seu país e também por si. Olympe de Gouges, publicou em um folhetim em 1791 a "Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã", com 17 artigos. Tal documento foi ignorado, e Olympe, acumulando desafios ao governo revolucionário acabou na guilhotina.


Foto da HQ "Olympe de Gouges"


Mulheres formavam clubes de discussão política, e tal movimento foi considerado fora do que as mulheres deveriam fazer. Foram banidos e suas líderes igualmente presas e condenadas à guilhotina.


Se as mulheres escreveram sua participação na história da Revolução Francesa, e se mativeram firmes em suas convicções revolucionárias, sendo mães, educadoras, esposas, mas também sabendo manusear um sabre e ou mosquete, foi por mérito próprio, e não por terem sido autorizadas pelo governo revolucionário, que em poucos detalhes mudaram a vida feminina pós 1789 (como a autorização de casamentos entre classes sociais).


E essa história vem sido desvelada há pouco tempo. A versão da Revolução Francesa contada pelas mulheres tem sido exposta em pesquisas sobre suas líderes, e apresentada em filmes, como "Le Peuple et son Roi", e em livros, como "A Rosa e o Florete", apresentando que estas mulheres não precisaram de autorizações oficiais ou direitos explicitos para fazerem mudanças em suas vidas e batalhas.


Fonte:

Virtuosas e Perigosas - As mulheres na Revolução Francesa - Tania Machado Morin

Olypmpe de Gouges - Catel e Bocquet

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