Diretamente da Rússia, a leitora Giulia Ventorim fez uma resenha incrível da leitura durante seu processo de viagem, tendo o livro "A Rosa e o Florete" como companheiro dessa aventura!!! Claro que precisávamos compartilhar!!!
Confiram!!
É dia 06 de dezembro em Moscou, Rússia, e cá estou eu, com o livro “A Rosa e oFlorete” entre os braços. No meio de uma série de eventos pessoais desconcertantes, que infelizmente postergaram bastante meu tempo de leitura, iniciei e finalizei a leitura deste livro, que por todo esse tempo foi meu companheiro de viagem de avião, idas ao parque, e (muitas) manhãs, tardes e noites nos antigos trens de metrô. Em uma das primeiras conversas que tive com Mariana, ouvi a frase “sou escritora” sendo dita com muita confiança e assertividade. É difícil encontrar pessoas da nossa idade que chegam a publicar livros, e por isso essa frase chegou a me causar certa surpresa. Mais tarde, entendi que esse título realmente deve ser dito com bastante convicção, e eu diria que com orgulho também.
A história relatada se passa no momento histórico da revolução francesa, sempre fazendo referências verídicas. Encontramos ao longo da história nomes e acontecimentos que realmente existiram, e aparecem impactando os personagens de diversas e relevantes maneiras. O leitor é convidado a mergulhar no passado francês (e austríaco), enquanto acompanha Guilhermina em suas vivências e sentimentos. Os detalhes (que nos são dados na medida certa) e o contexto histórico dão um caráter vivo e real aos relatos. Os personagens, principalmente a principal, são bem construídos e autênticos, o que se nota claramente pela forma que são descritos e se comportam. Guilhermina, ou simplesmente Mirna, é uma mulher imponente por sua coragem, assertividade e firmeza de caráter. Sua personalidade, lealdade a seus ideais e pessoas queridas, e a forma fidedigna a seu caráter em seu comportamento, são elementos bem marcantes. Mirna representa o poder feminino, que consegue se manifestar e se manter ainda que em circunstâncias em que tudo se colocava contra isso. Mas, mesmo os escudos mais fortes possuem seus momentos de angústia. A fragilidade também tem seu momento de se manifestar. Daí nós percebemos que há veracidade nesta história não somente em relação ao lugar e momento histórico, como também aos altos e baixos da vida, às alegrias e desafios que nos encontram – e certamente também encontram aos personagens deste cativante livro. Assim, é fácil se empatizar, sorrir e lastimar.
Esta história merece ser lida por aqueles que estão dispostos a conhecer uma história intrigante e vívida, enquanto viajam para Paris nos tempos da revolução francesa. Gostar de história ou conhecer fatos históricos não importa, pois a narrativa faz com que o interesse e conhecimentos venham naturalmente. Ao longo do meu processo de leitura, me vi pesquisando sobre a queda da bastilha, praça da concórdia, e sobre os nomes como Robespierre. Simplesmente fui instigada a saber ainda mais sobre tais importantes eventos, e ver fotos, que me ajudavam a imaginar os personagens nos ambientes descritos. Infelizmente, não posso encontrar na internet fotos da feição firme de Guilhermina, ou dos olhos verdes radiantes de Richard e Raoul, mas tudo bem, nada que um pouco imaginação não resolva.
Por fim, gostaria de enaltecer minha admiração à Mariana pelo processo de escrita e publicação deste livro, que por sinal não é um livro qualquer. É resultado de trabalho de qualidade, que mostra muito bem toda sua dedicação, motivação, persistência e amor pela escrita. Esses atributos com certeza não se encontram fácil por aí. Sua paixão pela França e história também é refletida muito bem nesta sua criação. Fiquei realmente impressionada em ver tanto talento e empenho! Preciso dizer que isso me foi bastante inspirador.
Eis aqui o que consegui expressar das minhas impressões sobre a existência desse livro que me foi tão encantador. Agora, tudo que posso dizer é: aguardo ansiosamente o próximo livro!!!
