FICHA TÉCNICA:
MARIA ANTONIETA (Marie Antoinette)
Nacionalidade: EUA
Direção: Sofia Coppola
Gênero: Drama Histórico
Lançamento: 2007
Elenco: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Jamie Dornan
Ousado ao transformar a rainha francesa em uma espécie de pop star, o filme que promete contar sua história foi muito badalado na época de sua estréia em 2007, não só por trazer Kirsten Dunst poderosa no papel principal, ou a direção de Sofia Coppola, mas também por trazer Maria Antonieta de volta as telas do cinema, e prometendo esse retorno com estilo.
De fato, o filme conquistou o coração de muitas garotas, que vibraram com os bailes, o figurino, a trilha sonora moderna (apesar do ser um filmes de época), e o belo conde Fersen. Tudo isso acarretou para a produção, além de fãs, o Oscar de melhor figurino, e Cannes de melhor atriz e ator para o casal principal, além do Prêmio de Cinema do Sistema Educacional Francês.
Mas nem tudo são flores: o filme também foi criticado pela forma como retratou a história, e esqueceu um pouco da veracidade dos fatos. Isso pesou um pouco, pois como também era classificado como bibliografia, a rainha deveria ter sua vida um pouco mais real ao ir para as telonas.
Mas até onde o filme é amado e odiado?
Entendamos que Sofia Coppola tinha outros objetivos em sua produção: Não seria a rainha decadente, irresponsável que a levou para a Guilhotina, Maria Antonieta tinha outra face, de uma adolescente que teve que crescer cedo demais, uma rainha que não escolheu o peso de sua coroa.
O filme antecessor, também de mesmo nome, já era bem antigo, de 1938, mas marcou muito pelas atuações de Norma Shearer (Maria Antonieta) e Tyrone Power (Fersen), e é difícil superar um clássico.
Porém a produção de 2007 consegue se igualar. Os figurinos não deixam a desejar em nenhum momento, e claro, isso acarreta suas premiações. E claro, o fato de ser gravado em Versalhes torna tudo um espetáculo de tirar o fôlego, e de fato Maria Antonieta é a estrela.
Além disso a trilha sonora é uma grande surpresa! O drama histórico não tem um fundo sonoro de época, pelo contrário, é moderno, divertido e diferente! Uma busca para trazer essa história ao imaginário daquelas garotas que tem a idade que um dia Maria Antonieta teve, e querer dançar também.
A sua vida retratada como a festa que uma adolescente e uma jovem quer viver, sair das regras, passar dos limites, e só voltar para casa de madrugada. E em uma festa de cores, entre tons pasteis, que tudo isso é retratado, e não só as alegrias, como também as tristezas, os problemas e as perdas que a jovem rainha tem em sua vida na França, além daquela falta de equilíbrio entre a euforia adolescente e a seriedade da monarquia.
Da França, para uma rainha em seu auge, que só quer vibrar em suas alegrias para esquecer as lágrimas, a nova Maria Antonieta ainda assim, é mais humana que nos livros de história, apesar de seus defeitos. Mas o filme é uma versão "romatizada" da realidade, e isso não o obriga a ser 100% fiel (mesmo que isso fosse muito bom).
De vilã para mocinha, Sofia Coppola consegue trazer Maria Antonieta para cultura popular, alterar a visão sobre uma personagem histórica, e tornar seu filme, assim como a rainha, amado por outros e também odiado por alguns.
Opiniões a parte, é um filme maravilhoso, e que para quem curte Maria Antonieta e a França, não vai resistir! Afinal, Paris est une Fête!!!