Título: O Misantropo
Autor: Molière
Editora: Zahar
Classificação indicativa: livre Gênero: comédia
"A nossa preferência sempre escolhe a alguém:
Quem gosta de todos não gosta de ninguém;"
Eu sempre gostei de ler obras teatrais! É uma leitura rápida (o que é perfeito quando temos pouco tempo para ler), que não cansa e sempre me diverte as rimas e os personagens, por isso já li comédias e dramas de Shakespeare, e agora pela primeira vez, estou tendo contato com a dramaturgia francesa com Molière.
Minha curiosidade pela leitura de "O Misantropo" se deu porque meus pais me apelidaram de misantropa alguns anos atrás, por meu jeito de ser. Então, na Bienal, quando estava passando pelo estande da editora Zahar (que eu adoro pelos títulos clássicos) e eu o avistei, não pude deixar de comprar e começar a ler o quanto antes.
Paris, séc XVII, é nesse cenário que se passa a história...
Temos como personagem principal Alceste, que apresenta uma sinceridade excessiva, além de ser crítico, idealista, reservado e irônico (algumas das principais características de um misantropo), que sofre de um embate amoroso com Céllimène, uma coquete (ou cortesã) da corte que adora esbanjar seu charme para todos os rapazes, se importando apenas em ser querida e desejada por eles. Essa situação deixa Alceste extremamente incomodado com sua amada e em duvida se ela merece seu coração, já que conviver com ela exige que ele ature a falsidade moral da corte francesa, o que, por conta de seu temperamento, é impossível!
E nessa corte, encontramos outros personagens, como um rapaz nobre que acredita ter dotes literários, uma mulher que se faz de santa, e um amigo que tenta mudar os modos de Alceste, e uma moça extremamente sincera que o surpreende.
Nesse cenário, Molière aproveita para fazer uma crítica satírica à sociedade em que vive, e em alguns pontos, que não mudaram na sociedade em que vivemos hoje em dia, o que mantêm essa obra atual!
Uma leitura divertida, intrigante e reflexiva, uma combinação perfeita!
E se me identifiquei com Alceste, o misantropo? Pode-se dizer que...
Ah, eu deixo essa para vocês pensarem e responderem.