Além de neurótica, eu nunca fui paciente, então esperar para achar uma editora, além de uma enorme provação, foi uma angustia infindável! Fiquei um tempo desmotivada. Até queria escrever um segundo livro, mas sempre que pensava "nem o outro publiquei", eu parava por um longo tempo.
Foi uma espera de dois anos, com alguns nãos na cara até achar a editora certa.
Pois bem, eu já havia desistido de achar a editora, entregado tudo nas mãos de Deus, quando minha mãe me manda um email com um link perguntando "Você já viu essa editora?". Olhei o link e respondi que sim, mas que não havia mandado o livro. Então ela me disse "Por que você não tenta? O que tem a perder?".
A editora era a Novo Século
Beleza, mandei o resumo do livro como pedia o link da editora. Diziam que responderiam em um mês. anotei na minha agenda dali um mês cobraria. Porém em três dias obtive a resposta que eles queriam publicar no selo de novos autores, o Talentos da Literatura Brasileira. De início topei, porém eu odeio resolver as coisas por email, eu prefiro olho no olho e por isso marquei uma reunião com o responsável da editora. E depois da reunião percebi que era a editora certa! Era isso que eu queria!
Fiquei em êxtase por alguns dias até cair a ficha, havia conseguido! Eu ia publicar meu livro! Mas a história não havia acabado.
Assim que assinei o contrato em outubro, começou a segunda fase de trabalho: a publicação!
Primeiro foi a revisão, achei que iam ser poucos erros para corrigir, mas descobri que sou péssima em pontuação e acentuação, além de concordância (autor não é perfeito, viu).
Foram duas longas semanas revisando as revisões do revisor (duvido falarem isso bem rápido). 10 horas por dia, por 10 dias! Quase pirei? Sim! Mas sobrevivi.
Ok, passou isso, tinha que preparar o material adicional, que era a sinopse, as orelhas (sobre o livro e autor), dedicatória e agradecimentos, além de uma foto para a orelha. Difícil foi tirar uma foto decente! Não sou fotogênica, e estou usando aparelho no momento, então sorrir ficou fora de cogitação. A foto ficou boa, ainda bem! Valeu meu amigo fotógrafo, você sabe que é com você mesmo!
Então chegou a hora da diagramação, e mais uma revisão. Dessa vez foram apenas 5 dias, porém a carga horária diária foi a mesma. Aproveitei o feriado de carnaval e passei no bloco de notas (ou quase isso). Estava acabando...
Só faltava a capa! A capa... querida capa! Como você me deu trabalho!
Como sabem, porque postei anteriormente, meu pai fez uma capa piloto para o livro piloto, então eu já tinha uma ideia inicial. Porém... a editora faria uma nova capa. Ok.
Quando me mandaram a primeira versão, fiquei surpresa... negativamente! Não tinha nada a ver! Era melosa, era fofa, era espanhola, o cavalo tava errado...
Enfim, liguei para a moça responsável e praticamente disse "Então, a capa é interessante, mas precisa mudar tudo!"
E eu já estava meio desesperada, porque isso ia atrasar o lançamento! Mas eu queria uma capa perfeita, como aquela que meu pai fez, algo que se comparasse.
Acabou que eles precisaram de 2 designers para acertar e 6 versões para me enviarem duas opções, para eu então escolher a final. Não sou chata, nem um pouco! Só queria olhar e dizer: É isso!
E quando vi a Bastilha, aquele verde, pensei como publicitária que aquilo não excluía ninguém, os meninos também iriam gostar daquele livro e não se envergonhar de carrega-lo, pois não tinha uma capa frufru (eu tenho amigos meninos e pensei neles nessa hora), as meninas iam se sentir também com aquele livro de capa forte. E depois tudo o que aquela imagem representa... É isso!!!!
E foi assim que fechei a capa!
Por fim, era maio, e precisava marcar os lançamentos!
Foi meio difícil marcar no Mackenzie antes da livraria, combinar as datas e lugar, mas deu tudo certo! Ufa!
A rosa e o florete teve um final feliz, mas minha história de escritora ainda não acabou...