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La madame Guillontine

Atualizado: 15 de mar. de 2022


“Vendo-se uma, o choque que é violento e é preciso decidir-se a favor ou contra (...)”

O Conde de Monte Cristo – Alexandre Dumas (sobre uma cena de execução na guilhotina)

O aparelho que ficou famoso por seu uso nas execuções durante a Revolução Francesa não foi invenção francesa, mas por um ditador romano, Tito Mânlio, há registros de algo semelhante durante a idade média na Alemanha e aperfeiçoamentos na Inglaterra e Escócia no século XVI. Porém nenhuma dessas foi igual a Guilhotina Francesa.

Seu nome veio por conta do médico que sugeriu seu uso, Joseph-Ignace Guillotin, que dizia ser uma pena de morte mais humana que o enforcamento (com horas de agonia) ou a decapitação por machado (que poderia causar muito sofrimento caso o fio do machado não estivesse afiado ou o carrasco não acertasse o corte de primeira). Além disso, um célebre cirurgião da época foi responsável por aprimorar o serviço da lâmina da guilhotina, que antes era horizontal, se tornou obliqua, o que a tornava certeira e rápida na execução. O aparelho é feito de uma grande armação reta (de madeira na época) de aproximadamente 4m de altura, uma lâmina losangular suspensa nessa armação de cerca de 40 kg, e uma outra armação na horizontal onde o condenado era preso. Estava criada a Guilhotina francesa que assombrava as cabeças dos franceses, e que, no período da revolução se encontrava na praça da Revolução, atualmente chamada de praça da Concórdia, em Paris.

A primeira execução na Guilhotina foi de um operário, e a nova sentença não alegrou os franceses, que a consideraram uma forma muito rápida de matar alguém, já que estavam acostumados com os espetáculos dos enforcamentos, que podiam levar muito tempo comparada a queda da lâmina, que levava segundos. Entretanto alguns condenados poderiam discordar dos telespectadores na praça pública, pois quanto mais mortes a guilhotina fazia no dia, mais o fio da lâmina ficava cego, ou seja, nas ultimas execuções, era mais o peso da lâmina que ia caindo sobre o pescoço que matava a vítima do que o corte em si. Os condenados preferiam morrer o quanto antes do que ser um dos últimos.



Calculam-se que a guilhotina fez 2794 mortes de inimigos da revolução em Paris, 40 mil mortes entre 1792 e 1799, e só no período do Terror da revolução francesa (1793 a 1795), foram 15 mil mortos., entretanto para quem acha que o uso da guilhotina como pena de morte na França teve seu fim junto com a revolução, está bem enganado. Apenas em 1981, foi abolida a pena de morte na França, e junto com ela, o reinado da guilhotina acabou.


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